Não deixem que calem a tua voz, mergulhe nas páginas de um livro e encontre as respostas. |
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PRELÚDIO SEM FINAL
Não esqueço o principio nem por um segundo
Estendo uma rede na estranha varanda Canto melodias semelhantes com ciranda Convicto que minha dor é meu próprio mundo Guardo o amor dentro do verdadeiro amor Percorro a espinha dorsal da teimosa dor E descubro que sou apenas um vagabundo. Enlaçado pela egocêntrica chama da vida No centro da terra que lentamente morre Nada faço para amparar o sangue que escorre Por causa da ação que arrebenta a ferida Penso em mim e naquilo que eu não fiz Fechei os olhos e desisti de ser feliz Sinto que o amor era uma tese apodrecida. Uma lágrima borrando uma simples história Meu mundo resumido ao pó das lembranças Sepultado no sepulcro ao lado das esperanças Assassinadas e eliminadas da minha memória Caminhos sem volta são legalmente oferecidos A sombra dos desejos neutros e apodrecidos Nos seios “siliconizados” pelas mãos da escória. Entre o meu sonho e o meu sono, tenho alucinação Corpo embrulhado nos lençóis de um talvez Escarrado das vielas imundas da embriaguez Ventos de um tornado em forma de obsessão Corpo trêmulo como roupas presas no varal Dedos cansados escrevem um prelúdio sem final Compondo um último verso de uma triste canção. Fases da lua, frases da rua, me querem mesmo assim Lágrimas superando os limites das curvas do rosto Molhando as páginas de livros que descrevem o desgosto Escapando das órbitas que circulam livremente em mim Orações mecanicamente proferidas em nome de Deus Banhado pela dor proveniente dos prantos meus De joelhos pedindo perdão antes do temível fim.
Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 14/09/2009
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