Começamos como amigos
E nos tornamos amantes
Amantes se tornam casal
E não amigos como antes
Vivemos os mesmos perigos.

Eu a vi pela primeira vez
Sob os holofotes da inocência
Juntos, deitamos na ombreira
Bebemos no cálice da impaciência
Riscamos pra sempre o “termo” talvez.

Quando eu disser: deixe-me sozinho
Desejo-te ainda mais intensamente
Quando ouço de te: Vá embora
Sei que tu me queres mais loucamente
Estamos desesperados por carinho.

O tempo vai passar velozmente
E não teremos agora a precaução
Pois o tempo será o nosso guia
Um dia será apenas preocupação
Das lembranças deste tempo presente.

Eu te amo, e sei que você me ama
O Grito preso no silêncio da alma
Sabe dos nossos verdadeiros amores
Fazendo-nos perder no ápice da calma
Solitários sob um lençol sujo da cama.

É amor, é a vida que nos faz vibrar
A razão que nos faz hoje viver
Os lugares que juntos freqüentamos
Amanhã fará cada um reviver
E o silêncio poder então quebrar.

Não, o agora é apenas o momento
Propício aos anseios das recordações
As voltas que foram sacramentadas
Uniram para sempre nossos corações
Ora ganhamos paz, ora sofrimento.

O culpado foram os inúmeros beijos
Responsáveis por sermos um casal
O adeus não foi e nem será bastante
Para eliminar este amor tão real
Repleto de idas, vindas e desejos.