Não deixem que calem a tua voz, mergulhe nas páginas de um livro e encontre as respostas. |
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MEANDROS
Caminhar solitário sem destino
Beber o fel na taça da ilusão Comer raspas sinceras do desatino Jogar fora os restos da alusão. Navegar nos oceanos do desgosto Usufruir dos desejos a mentira Amar as rugas que tempo pôs no rosto Afogar as recordações que sentira. Percorrer os labirintos da memória Descrevendo cada parte visitada Desaparecer nos meandros da história Compreender a vontade amputada. Sonhar com os medos do passado Refletir sobre as ações do presente Impedir que o amor fosse ultrapassado Por esperar um futuro descontente. Calcular a soma de todas as decepções Dividir com o mundo as infinitas dores Multiplicar as angústias dos corações Subtrair os anseios dos incalculáveis amores. Jogar a partida que os perdedores competem Tomar banho na chuva que nunca termina Errar novamente nas ações que repetem Cheirar o odor que a sociedade determina. Passear por vielas repletas de imundícies Orar uma oração que nos conforta Fingir-se de sábio nos ensinamentos difíceis Esconder-se na sombra projeta pela porta. Nadar numa raia em sentido contrário Conceber o único momento fugaz Ser réu e juiz de um erro arbitrário Sonhar sempre com a desejada paz.
Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 28/02/2011
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