Não deixem que calem a tua voz, mergulhe nas páginas de um livro e encontre as respostas. |
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VESTINDO A CHUVA
Quando a tarde esconde o sol
E as nuvens sobrevoam o céu Pingos de chuva caem na terra Como se fosse um límpido véu Cobrindo o solo sagrado Lavando as mágoas do passado Sem tocar a melodia do escarcéu. O teu amor me faz chegar Até onde os pássaros vão Vestido somente de chuva Tocando de leve tua mão Contato suficiente Deixando-nos consciente Da força que tem a paixão. Tardes quentes, acompanhado Exalando teu estranho perfume Tardes chuvosas, solitário Corroído pelo fétido ciúme Calor subindo a torre do beijo Frio descendo ao desejo Que não figura mais no cume. Lembranças, estranhas sensações Janela, portal de lindas paisagens Solidão, roteiro inacabado Vereda para as longas viagens Chuva, manto transformador Das angustias, medo e dor O real em singelas miragens. Idas e voltas na mesma época Meandros das concepções Incertas como a saudade Sem a bússola de orientações Sem dizer sim e nem não Único a comer da solidão Depositada em nossos corações.
Antonio dos Anjos
Enviado por Antonio dos Anjos em 28/09/2011
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