Os pingos da chuva na janela
Compondo a mais bela melodia
Na penumbra de um talvez
Na esperança de um novo dia
Ora um beijo apaixonado
Ora um “não” direcionado
Eliminando a minha ousadia.

O amor verdadeiro que eu sinto
Ultrapassa a barreira do impossível
Fazendo da chuva o meu manto
Cobrindo meu sentimento imperecível
Coroando meu desejo irrefreável
Ser facilmente lido e decifrável
O meu verdadeiro amor possível.

Que a paz brilhe mais que a esperança
No caminho que trilho, suavemente.
Num olhar perdido por uma fresta
Admirando a chuva, calmamente.
Desejando loucamente teu beijo
Para apascentar o meu desejo
Dizer-te: Eu Te Amo. Tranquilamente.

Noite perfeita é certamente aquela
Onde a chuva ouve o meu chamado
Dançando nas vidraças empoeiradas
Atendendo um pedido que foi clamado
Por um beijo duradouro e ardente
Olhar a chuva ao sabor de café quente
Ouvindo tu me chamar de amado.

Que os ventos rumando para o leste
Levem a noticia para todas as nações
Que te amo como nunca amei na vida
Traduzindo minhas verdadeiras sensações
Varrendo os textos mal escritos
Nascendo os verbos antes restritos
Unindo para sempre nossos corações.

(Antonio dos Anjos, 07 de março de 2013)